tag:blogger.com,1999:blog-330532222024-03-13T07:41:21.925-07:00Jenifer LeãoJenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-29139181996520509182008-07-31T07:51:00.000-07:002008-08-20T18:31:11.925-07:00Introdução: moderno, pós-moderno e contemporâneo.Professor Emérito da Universidade de Colúmbia e crítico de arte atuante em Nova York, Arthur Coleman Danto é considerado o filósofo do fim da arte. É autor dos livros “A transfiguração do lugar-comum” e “Após o Fim da Arte”, este último, em particular, pôs em ebulição o jet set da crítica ao propor novas bases para o pensamento contemporâneo da arte.<br /><br />Sua análise revela a supressão de todas as bases da narrativa historiográfica oficial promovida pela Arte Contemporânea. A partir de então, artistas e críticos empreendem uma reflexão incansável sobre a essência da arte. <br /><br />Materializar o belo ou representar a natureza não mais integram os objetivos do artista contemporâneo. A obra de arte passa a servir como ponto de partida para a discussão filosófica – fundamento e premissa da arte contemporânea. Marcel Duchamp nos Estados Unidos, Nelson Leirner no Brasil, todos ajudaram a moldar um movimento que não se reconhecia no início, mas se assume no presente em diversas vertentes e promete mais ousadia e experimentalismo no futuro.<br /><br />No primeiro capítulo de “Após o Fim da Arte”, Danto identifica características comuns a várias manifestações contemporâneas de arte como: sentimento de não mais pertencer a uma grande narrativa, início impreciso no tempo, a não-intenção de superar a arte do passado e a colagem como paradigma. “O artista tem livre acesso ao museu e organiza exposições de objetos sem qualquer conexão histórica ou formal entre eles, a não ser aquela fornecida pelo artista.” (DANTO, 2006, p.7)<br /><br />Enquanto a arte pré-moderna se dedica a representar o mundo tal como ele se apresenta aos olhos e a arte moderna questiona as condições de representação num exercício de metalinguagem, a arte contemporânea, vendo-se esgotada pela quantidade de questões apresentadas pela história da arte, empreende a missão definitva: avança nas penumbras da pós-história, pressionando os limites da sua própria existência ao se perguntar: o que é arte?<br /><br />É isto que Danto descreve como o fim da arte: uma escalada de auto-reflexão filosófica. Quando finalmente ficou claro que tudo poderia ser obra de arte, é que se formou a conjuntura ideal para a ascensão de uma filosofia da arte geral e verdadeira. <br /><br />DANTO, Artur. Introdução: moderno, pós-moderno e contemporâneo. In: Após o Fim da Arte. São Paulo: Odysseus, 2006.Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-18842672497791386752008-06-04T22:07:00.000-07:002008-06-05T21:03:37.010-07:00Relatório de Estágio - Experiência e Aprendizado na TV Pajuçara<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><st1:metricconverter productid="1. A" st="on"><b style="">1. A</b></st1:metricconverter><b style=""> ESTRUTURA DO TELEJORNAL</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">A produção de telejornal é provavelmente, a tarefa mais estressante da linha de montagem da televisão. Cabe à produção, uma série importante de decisões que determinam a direção do trabalho de todos os atores envolvidos na composição do telejornal. Tudo começa pela seleção do fato que, por sua abrangência, atualidade e potencial imagético, vai se transformar num VT clássico: off-passagem-sonora. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Há outros acontecimentos que serão reportados mas, quer pelo menor peso jornalístico ou por falta de tempo e logística, os editores os transformarão em notas cobertas (por imagens) ou peladas (sem imagens), stand-up (passagem mais longa do repórter no local do fato) ou loc vivo (imagens e locução ao vivo do apresentador). <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Todo o esforço heróico se justifica: os telejornais noturnos detêm os maiores índices de audiência em todas as emissoras e grupos de comunicação. Por definição, eles resumem os principais fatos do dia, e uma omissão ou apuração deficiente, principalmente para o telespectador que assiste a mais de um telejornal, é fatal para a credibilidade do veículo. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">No telejornal apresentado por Zélia Cavalcante, há espaço para uma média diária de sete matérias, no modelo padrão: passagem, off e sonoras, e algumas notas, entre as cobertas, peladas e notapés. O foco da cobertura são as “notícias duras” que, ainda segundo Alfredo Vizeu, podem perder a atualidade se não forem dadas, como uma sessão de CPI dos precatórios ou uma blitz policial. Em segundo plano, entram as notícias de serviços, que visam orientar o telespectador-cidadão sobre direitos e deveres.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Cerca de 15 profissionais atuam na produção, reportagem e edição do jornal. O tempo é ínfimo. A pressa e o dever de entregar o trabalho muitas vezes impossibilitam qualquer investigação mais acurada. <i style="">Mas isso é um lugar-comum presente em todos os manuais de jornalismo<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);"><b style="">a. Linha editorial<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">O Jornal da Pajuçara Noite, assim como os demais jornais noturnos, fazem uma retrospectiva dos fatos mais importantes do dia, sendo freqüente, que tenham conteúdos idênticos, pois os critérios de escolha das matérias em destaque, parecem ser compartilhados por um bom número de produtores.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style="">2. PRODUÇÃO<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style="">A. SELECIONANDO A NOTÍCIA<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><i style="">“O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos. Seu trabalho se pauta pela apuração precisa dos acontecimentos e sua correta divulgação. Não se pode, mesmo sob a pressão do deadline, deixar de apurar uma informação até o fim.”<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><i style="">verbete: Apuração - Manual de Telejornalismo Rede Record <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 18pt; color: rgb(255, 255, 255);">Aparentemente é uma rotina repleta de imprevistos e reviravoltas, mas o conhecimento e a experiência que o produtor vai acumulando acabarão por conduzir o trabalho a uma sistematização e planejamento de cobertura relativamente estáveis. Importante contribuição nesse sentido encontra-se na leitura de “A Reportagem: Teoria e Técnica de entrevista e pesquisa jornalística”, do pesquisador Nilson Lage. Para ele, todos os fatos sociais jornalisticamente relevantes podem ser enquadrados em quatro tipos:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style="color: rgb(255, 255, 255);">a)<span style=""> </span></span><!--[endif]--><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Eventos programados: julgamento de acusados, votações em assembléias, inaugurações de obras e os sazonais: início de ano letivo, vendas de fim de ano, mobilização de bóias-frias para a colheira etc.</span><o:p style="color: rgb(255, 255, 255);"></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">Exemplos disso foram as matérias sobre o caso Fernando Aldo, as assembléias do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), orientações do Procomun sobre a compra de material escolar, aquecimento no comércio etc.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style="color: rgb(255, 255, 255);">b)<span style=""> </span></span><!--[endif]--><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Eventos continuados: greves, festejos, pontos de estrangulamento no trânsito.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">Também aí há fartos exemplos: greve dos servidores estaduais: Movimento Unificado da Saúde, dos Policiais Civis, delegados, professores; as obras da prefeitura e os transtornos para os motoristas etc.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt; color: rgb(0, 0, 0);"><!--[if !supportLists]--><span style="color: rgb(255, 255, 255);">c)<span style=""> </span></span><!--[endif]--><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Desdobramentos (suítes): acompanhamento de investigações policiais, recuperação de vítimas de atentados ou acidentes, repercussão de medidas econômicas.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">Exemplos: Operação Taturana, Carranca, Navalha, Sururu, Saturação; O aumento do salário mínimo e a injeção de recursos na economia local etc.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 18pt; text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">d) Fatos oriundos da observação direta: mudanças de costumes, ciclos da moda, deterioração ou recuperação de zonas urbanas.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 18pt; color: rgb(255, 255, 255);">Apesar de dedicar-se originalmente ao jornalismo impresso, Mário Erbolato estabelece critérios para a classificação da notícia que são inerentes a formação da pauta de todos os meios de comunicação. Em “Técnicas de Codificação em Jornalismo”, ele traça o panorama mais abrangente sobre as características que elevam um fato do cotidiano à categoria de assunto de interesse público.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">(p.61)<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">“Proximidade (...) eventos que ocorrem perto do leitor e a ele ligados.” <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Marco geográfico: fato que ocorre em outro lugar mas gera conseqüências na realidade local. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">“Impacto: (...) acontecimentos chocantes ou impressionantes”<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">“Proeminência: tudo o que se refere a pessoas importantes encontra interessados”<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Aventura e conflito: assassinatos, rixas, golpes<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Conseqüências: será publicado quando puder afetar o País<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Humor: história escabrosas e divertidas<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Raridade: foge da rotina, são fatos diferentes e inusitados.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Progresso: melhorias na qualidade de vida<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Sexo e idade: sensacionalismo<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Interesse pessoal: serviço<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Interesse humano: buscar nas experiências de pessoas que vivenciaram o evento, encontrando nesses relatos emocionados um complemento para a frieza das estatísticas<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Importância: a amplitude das repercussões do fato determinam sua relevância<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Rivalidade: explora o antagonismo de competições, partidos;<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Utilidade: atendem estreita faixa da população; tem interesse restrito mas seguro<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Política editorial do jornal: tema que o jornal destaca ou omite</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Oportunidade: é o gancho da matéria, o desdobramento recente que atualizará informações previamente apuradas<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Dinheiro: loteria acumulada, vida dos ricos<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Expectativa ou suspense: quando a cobertura continuada da história desperta o interesse e a identificação do público que fica aguardando os desdobramentos do fato<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Originalidade: confunde-se com raridade, mas tem uma dose de místico<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Culto de heróis: gestos de patriotismo e de bravura de homens<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Descobertas e invenções: cura de doenças e aparelhos eletrônicos</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Repercussão: acontecimentos que envolvem brasileiros em outros lugares<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Confidências: assunto de paparazzi, da cobertura da estrelas<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style="">B. AS FONTES <o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">A disseminação do uso da internet, a saturação das redações dos veículos tradicionais, as limitações de tempo do jornal e da TV em menor grau, as dificuldades técnicas dos radiojornais </span><st1:personname style="color: rgb(255, 255, 255);" productid="em freq↑ncia AM" st="on">em freqüência AM</st1:personname><span style="color: rgb(255, 255, 255);">, tudo contribuiu para a implantação e o sucesso dos sites noticiosos. Alagoas 24 Horas, Tudo na Hora, AL </span><st1:personname style="color: rgb(255, 255, 255);" productid="em Tempo Real" st="on">em Tempo Real</st1:personname><span style="color: rgb(255, 255, 255);">, Alagoas Agora, Primeira Edição são as principais fontes de notícias na hora em que o produtor está procurando a pauta factual.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Como são produzidos no curtíssimo espaço de tempo, com a intenção declarada de dar furos em outros veículos, as notícias dos sites são os textos mais sujeitos à verificação de informações. Eis o que outro verbete do Manual de Telejornalismo diz sobre apuração: “Desconfie sempre da notícia divulgada por terceiros. Apure, apure e apure.” P.25. E sobre Internet: “Na maioria dos sites, a cobrança por um grande número de notícias, em pouco tempo, conduz os profissionais desse setor ao erro.” P.26</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Outro recurso é a caixa de mensagens da redação. Abarrotada de releases de instituições públicas, empresas privadas e de entidades do terceiro setor, um e-mail <a href="mailto:redacao@pajucara.com">redacao@pajucara.com</a> recebe uma média diária de 15 sugestões de pauta. Embora pouco utilizadas, as mensagens institucionais já salvaram a pele de muito produtor em final de expediente. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">É possível traçar uma linha do tempo da divulgação de notícias. Pelo menos as mais polêmicas, que geralmente rendem coletiva de imprensa. Portanto, na cobertura dos fatos mais quentes do dia os rádios vencem a corrida seguidos de perto pelos sites noticiosos, guias freqüentes da produção das televisões que, por sua vez, ditam as matérias de capa dos jornais do dia seguinte.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">A agenda de telefones, item precioso do produtor, geralmente entra como fonte de informação em momento mais críticos, em que nada de relevante acontece e é necessário se desdobrar em especulações e observações pessoais para dar origem a uma pauta. Após formular a suposição é hora de telefonar para a fonte, confirmar a suspeita sob o foco pré-estabelecido, ou numa conversa informal descobrir outras situações que rendem matéria.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">O banco de pautas é a memória do telejornal. Seu arquivo, a memória de eventos acompanhados pelo foco, contatos e informações importantes. Costuma ser utilizado em matérias suitadas, que abordam o desdobramento de um fato e necessitam de uma breve retrospectiva que é dada pela pauta anterior.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Jornais impressos, os últimos na cadeia de transmissão de informações dos meios, não vivem apenas de notícia velha, muitas vezes antecipam acontecimentos que não podem passar despercebidos ao olho atento do produtor.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Ausência de rádio-escuta: na redação há um rádio que fica ligado boa parte do tempo, mas não é fonte primária de interesse. Não há um profissional exclusivamente atento a este meio, produzindo relatórios e sugerindo matérias, figura comum em redações de jornais. Geralmente o humilde aparelho fica ligado, e se surgir algum assunto de última hora no noticiário virtual, freneticamente sintoniza-se várias freqüências, em busca da cobertura do assunto. É item indispensável, quando muda-se o rumo da cobertura e o itinerário do repórter. Quando o produtor subsidia a equipe na rua com informações pelo telefone celular.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">A ronda pelas fontes: Recurso que consiste em ligar com regularidade para as fontes em busca de informações que possam render pauta. É atividade rara na rotina da redação da Pajuçara, é instrumento usado quando se questiona a ocorrência de um desdobramento possível de fato já noticiado.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><b style=""><span style="color: rgb(255, 255, 255);">C. PROCEDIMENTOS PARA A APURAÇÃO</span><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">Contatos: Feitos por telefone, o produtor e estagiários coletam as informações iniciais com o entrevistado. O repórter precisa ter uma noção clara de matéria em questão, da abordagem a ser utilizada, das perguntas relevantes e das possíveis imagens. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">Há uma lista de 10 pontos a serem preenchidos na pauta padrão da TV Pajuçara: <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(0, 0, 0);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Retranca: duas ou três palavras chaves. Deve ser idêntica durante todo o processo para evitar confusões e erros: da produção pauta, à redação da matéria, à ordenação das matérias no espelho.</span> <o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Jornal: JPN, ou seja, Jornal da Pajuçara Noite. Apesar de que, “99,997% das matérias que compõe o JPN são reprisados no Jornal da Pajuçara Manhã” segundo o editor-geral Marcus Toledo.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Data e hora: data de amanhã e o a hora da primeira entrevista. Há dois horários padrão para as reportagens. Pela manhã são às 8h30 e às 10h e à tarde de 14h30 e 16h. Sujeitos a todo tipo de imprevisto, esses horários são pouco cumpridos e é freqüente a produção, ligar para o entrevistado, ora avisar do atraso do repórter ou mesmo cancelar o encontro.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entrevistados: Hora da entrevista. Nome do entrevistado. Cargo, função ou profissão e número de contato. Se houver, na pauta deve constar o contato do assessor de imprensa.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Local: Por ordem cronológica são dispostos os locais, endereços e pontos de referências onde os entrevistados se encontram à hora marcada.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Foco: assunto principal da matéria; funciona como um título<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fato: composta das circunstâncias do acontecimento dispostas em ordem decrescente de importância. Quando há entrevistas com personagens, a pauta traz um breve relato da relação da pessoa com o assunto principal.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que queremos: é um misto de direcionamento e justificativa para a matéria. Qual o interesse público contido no assunto, o que deve ser mostrado, o que precisa ser explicado. Traz também dúvidas. Dados que, por qualquer motivo, não puderam ser conhecidos no momento da apuração. Dependendo do horário da ligação, do expediente do entrevistado (em caso de fontes oficiais), do tempo apertado e de uma série de outros fatores, não é incomum que a lista de perguntas para as sonoras, ocupem várias linhas. As dificuldades da apuração serão melhor explicitadas no capítulo seguinte.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sugestão de imagens: muitas vezes relegada a segundo plano, as imagens são a verdadeira essência do telejornalismo. É o que define e diferencia este modo de produção dos demais meios. Não se resume apenas ao banal “gerais e de apoio”. Há pequenos detalhes, passagens do texto, que precisam de correspondentes visuais. Nem o repórter, preocupado com as marcações e a passagem, ou o cinegrafista que raramente tem contato com a pauta, trazem boas imagens para a redação, fazendo o inferno para os editores de imagem.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <ul style="margin-top: 0cm; color: rgb(255, 255, 255);" type="disc"><li class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Anexos: traz informações secundárias que auxiliam o repórter a contextualizar e entender o foco da matéria. Oriundos de pesquisa na internet ou de pautas anteriores, o campo anexos contém excertos de leis, documentos de consulta, ou retrospectiva dos fatos.<o:p></o:p></li></ul> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style="">D. DIFICULDADES E PECULIARIDADES DA PRODUÇÃO VESPERTINA<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);">A orientação básica da produção na TV Pajuçara é fornecer o máximo de informações possíveis, subsidiar o repórter com todas as nuances do fato e sugerir um direcionamento para o mar de dados coletados.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">A voz é responsável por apenas 25% da comunicação humana. A apuração por telefone é física e limitada.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);">Claro que às vezes é impossível cumprir à risca a norma, pois no dia-a-dia encontramos dificuldades que não estão explicitadas em nenhum manual de jornalismo. Habitualmente ligamos para fontes que estão no trânsito, em reunião, muito ocupadas para atender, que estão em casa e não tem acesso aos documentos no trabalho, ou que simplesmente não nos atendem. Para a loucura de qualquer produtor são situações que derrubam qualquer boa-vontade ou boa matéria. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">As conseqüências dessas dificuldades são, no mínimo, uma pauta deficiente. Falta informação, as poucas que existem estão confusas ou truncadas, o foco perde nitidez, e uma série de outras deficiências que o repórter deve contornar, mas que são inevitáveis em certos momentos de azar.</span> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(0, 0, 0);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; color: rgb(255, 255, 255);"><b style="">i.Vícios e erros comuns<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><b style=""><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color:navy;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">O produtor é um verdadeiro estrategista da redação. Planeja a cobertura, sugerindo foco, marcando entrevistas, e ainda sugerindo imagens. Envolve uma certa noção de logística para coordenar tempo e locações que a equipe deve cumprir. Cito como exemplo uma pauta sobre DENGUE/PERIGO em que havia vários malabarismos entre bairros distantes, transporte de entrevistados, situação agravada pelo trânsito caótico do primeiro trimestre de 2008. Conseqüência previsível, não houve tempo de fazer a outra pauta, sobre a convocação da reserva técnica do concurso dos policiais militares. Isso um dia depois, de a Assembléia ter arquivado a mensagem de redução do duodécimo, uma economia de 30 milhões dos quais metade iria para a Defesa Social, e segundo o então secretário da pasta, Paulo Rubim, seria diretamente aplicado para a incorporação de mil aprovados.</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><b><span style="color:navy;"><o:p> </o:p></span></b></p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-53368714973519381432008-06-04T22:03:00.000-07:002008-06-04T22:05:37.650-07:00A globalização da informação e novas formas de sociabilidade virtualA expansão da internet no Brasil se deu em meados dos anos 90, quando uma grande parcela de brasileiros se conectou, pela primeira vez, à rede mundial de computadores. O som característico da discagem telefônica, o número fixo ocupado, a restrição do uso aos horários de pulso único eram as características que marcavam o acesso à internet residencial no fim do século passado. Com o avanço das tecnologias da informação – a <span style=""> </span>disseminação das conexões em alta velocidade (a cabo, ADSL, rádio), a oferta de conteúdo exclusivo e multimídia, a popularização dos sites de relacionamento – aumenta a qualidade da experiência virtual e o tempo de conexão. O Brasil é o país onde os internautas passam mais tempo conectados. Pesquisa do IBOPE/NetRatings mostrou que, em maio do ano passado, o tempo de navegação individual dos usuários residenciais subiu para 20 horas e vinte e cinco minutos. <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma coisa permaneceu constante durante todo o processo de implantação da internet no País: as críticas à chamada “sociedade de rede”. O novo padrão de interação social preocupou sociólogos, comunicadores e toda a sorte de pesquisadores acadêmicos que agora se debruçavam sobre o microcosmo instalado entre a tela de computador e o usuário. Comunidades virtuais, intercâmbios sociais via web e representações sociais se tornaram conceitos comuns aos estudos dedicados a Rede de<span style="" lang="PT"> Alcance Mundial ou </span>World Wide Web. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 177pt; text-align: justify;"><i style="">“A internet foi acusada de induzir gradualmente as pessoas a viver suas fantasias on-line, fugindo do mundo real, numa cultura cada vez mais dominada pela realidade.”<span style=""> </span><span style=""> </span>Manuel Castells<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As primeiras pesquisas sobre os usos da internet realizadas pelos teóricos americanos Anderson e Tracey<span style=""> </span>revelam que a incorporação da tecnologia ao cotidiano resultou num processo de instrumentalização do meio. Pesquisas de trabalho, consultas pontuais, contatos com o círculo social resumem os principais objetivos do internauta típico. “O e-mail representa mais de 85% do uso da internet, e a maior parte desse volume relaciona-se a objetivos de trabalho, a tarefas específicas e a manutenção de contato com a família e os amigos em tempo real.” ¹</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Críticas à encenação de papéis e construção de identidades falsas, na maioria das vezes, dizem respeito a um público internauta específico: os adolescentes. Bate-papos, RPGs on-line, Second Life, Avatars são programas largamente utilizados por jovens, por motivos anteriores ao nascimento da internet. Na puberdade, meninos e meninas passam por uma transformação súbita, um verdadeiro redemoinho de hormônios que causam rupturas identitárias e de valores no período muito curto de tempo. Os testes de interação social, com a conseqüente incorporação a grupos e valores constituem práticas fundamentais no processo de formação do sujeito adulto.<span style=""> </span>A predisposição a testar várias personalidades no ambiente virtual é mais uma ferramenta à serviço da experiência que já era inerente ao amadurecimento pessoal.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O isolamento social muitas vezes foi apontado como uma das piores conseqüências da popularização da internet. Dizia-se que indivíduos sem face estão praticando uma sociabilidade aleatória, abandonando ao mesmo tempo interações face a face em ambientes reais. Estudos recentes demonstram que o limiar entre o saudável e o nocivo está na freqüência do uso. Usuários moderados e competentes comprovadamente “freqüentam mais eventos de arte, liam mais literatura, viam mais filmes, assistam mais esportes e praticavam mais esportes que os não-usuários.” (p.99)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Já usuários viciados e insensatos tendiam a perder envolvimento social com familiares e amigos, elevando seus níveis de depressão e solidão.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A perda do senso de coletividade territorialmente delimitada precede a chegada da sociabilidade virtual. O crescimento das cidades, a especialização profissional, a onipresença dos meios de comunicação provocaram mudanças na configuração das relações sociais. A individualização da sociedade é um processo contínuo que deslancha com a metropolização dos municípios e se acentua com as possibilidades da interação virtual. “não é a internet que cria um padrão de individualismo em rede, mas seu desenvolvimento que fornece um suporte material apropriado para a difusão do individualismo em rede como a forma dominante de sociabilidade.” (p. 109)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A própria existência das comunidades idílicas, integradas e harmônicas é contestada por muitos autores sérios. A principal objeção a esta idéia refere-se à razão motriz que leva indivíduos a compartilharem momentos. Claude Fischer, quando analisou os padrões de interação social na sociedade americana, identificou “que as pessoas já não formavam laços significativos em sociedades locais, não por falta das raízes espaciais, mas por selecionarem suas relações com base em afinidades.” (p.106)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esta tendência natural é potencializada pelas comunidades instrumentais oferecidas pelos portais de conteúdo. Grupos de debates com interesses afins, salas de bate-papo discriminadas por região, programas de TVs ou opção sexual, a internet disponibiliza inúmeras ferramentas para públicos cada vez mais segmentados. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <div style="border-style: none none solid; border-color: -moz-use-text-color -moz-use-text-color windowtext; border-width: medium medium 1.5pt; padding: 0cm 0cm 1pt;"> <p class="MsoNormal" style="border: medium none ; padding: 0cm; text-align: justify;">Os serviços virtuais também oportunizam o contato com conhecidos e parentes distantes. As páginas pessoais, lista de e-mails favorecem a troca de informações. Por isso “a internet eficaz na manutenção de laços fracos, que de outra forma seriam perdidos no cotejo entre o esforço para se envolver em interação física (inclusive interação telefônica) e o valor da comunicação.” (p.108) Protagonista das páginas personalizadas, o Orkut segue esta filosofia da rede de amigos. Os usuários disponibilizam em sua página dados pessoais, interesses e afinidades, e principalmente, uma lista extensa de amigos. Pessoas com quem travaram conhecimento significativo, freqüente, esporádico e mesmo momentâneo são adicionadas a lista, demarcando o nível de popularidade do internauta.</p> <p class="MsoNormal" style="border: medium none ; padding: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="border: medium none ; padding: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="border: medium none ; padding: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> </div> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 8pt;">CASTELLS, Manuel. “A Galáxia da Internet”. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;">Meio virtual: agilidade, interatividade e multimídia <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pesquisa realizada pelo Ibope/NetRatings em 2005 revela alguns dos hábitos de navegação do usuário comum: 69% das pessoas que recebiam uma notícia pela internet procuravam mais detalhes em outros veículos. Dos que buscavam mais informações, 74% consultavam outros sites na internet, 53% esperavam para ver a matéria na TV, 48% liam os jornais do dia seguinte, 33% preferiam a revista, e apenas 11% buscavam o rádio como fonte de notícias.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Confirmando os parâmetros clássicos do jornalismo impresso, que recomendam atenção especial ao título da matéria, os usuários afirmaram que o que mais chama a atenção na cibernotícia é o seu título (30%) seguindo pela chamada de capa (25%) e pelo conteúdo (20%). Esses três itens devem ser capazes de despertar o interesse de qualquer (ciber) leitor ao primeiro acesso.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="">Agilidade<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com o excesso de comerciais, programas de má qualidade e falta de investimentos e planejamento, o departamento de jornalismo das redações de radiojornais vem perdendo o prestígio vertiginosamente. Antes alçado à condição de arauto das notícias, onde as informação chegavam ao ouvinte em primeira mão, o rádio já não goza da mesma popularidade que tinha no meio do século passado. Nos 2000, proliferaram os sites noticiosos, que prometiam fornecer informações “minuto a minuto”, no “último segundo”, “24 horas”, sobre todas as novidades da cidade durante todo o dia. Hoje, já plenamente consolidado, o jornalismo virtual ocupou lugar de honra entre os veículos tradicionais, e mesmo com falhas de apuração devido à agilidade da veiculação e à busca pelo furo, sai em vantagem quando se fala em comodidade e custos. É mais cômodo que o rádio, pois o internauta não fica preso ao horário da programação, vai em busca da informação exata na hora em que deseja. Para muitos, a internet é ainda mais vantajosa que o meio impresso, que além de levar um dia inteiro para passar a informação, custa um valor determinado na banca de revista.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="">Multimídia global<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A notícia virtual assumiu um caráter ágil, interativo e multimidiático. Rompeu as limitações dos meios de comunicação existentes e fundiu num suporte único todas as vantagens das invenções anteriores. Antes das visualizações e trocas de arquivos entre computadores conectados à grande rede, os usuários já usufruíam há alguns anos dos softwares de manipulação de conteúdo multimídia incluídos no sistema operacional. Músicas e gravações em áudio, videoclipes, filmes, gravações caseiras, programas de texto, tudo era salvo com tamanhos gigantescos na pasta particular Meus Documentos. O advento da internet modificou essa prática “culturalmente egoísta” de tratar as produções individuais. Novos formatos de arquivo, cada vez mais comprimidos surgiram para otimizar a transferência virtual (upload ou download). O intercâmbio e a troca de arquivos assumiram proporções inimagináveis, o que desencadeou uma corrida frenética por conexões mais rápidas com taxas de transmissão ainda mais velozes. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sem entrar no mérito das cópias ilegais, voltemos à análise da notícia virtual ou cibernotícia. As possibilidades deste gênero jornalístico são infinitas, o que não quer dizer que a internet não tenha suas limitações de ordem prática. Longos textos como os de reportagens impressas estão quase completamente abolidos do jornalismo digital cotidiano.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por isso, a internet trouxe o texto próprio, adequado aos hábitos de leitura no computador – o hipertexto. Povoado de hiperlinks, o hipertexto exige uma participação mais ativa do leitor, que escolhe o que vai ler, em que ordem e em que site. Ele é soberano para decidir se vai se aprofundar ou satisfazer-se com os poucos parágrafos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para superar uma possível carência de dados, a matéria deve ser dividida em blocos de texto, no estilo pirâmide invertida, pode fornecer uma lista de chamadas com as notícias mais recentes relacionadas ao assunto, trazer sites de instituições para maior aprofundamento, arquivos de texto, áudio e vídeo para download, tornando quase infinitos os recursos que podem ser adicionados à página. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="">Dinamismo e interatividade<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sites dinâmicos convidam o internauta a um encontro mais agradável e a um relacionamento mais duradouro. O próprio navegar na internet exige movimentação e seleção.<span style=""> </span>Ferramentas de busca, reprodutor de conteúdo audiovisual manipulável, campo para cadastro de clientes, o usuário quer sentir que pode controlar e personalizar a sua navegação. Com um site desatualizado, layout ineficiente e estático só resta uma certeza: ele será visitado uma única vez.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-31125142818590378732008-04-17T08:09:00.000-07:002008-04-17T08:29:17.043-07:00Os meios e o meio-ambiente: quem faz a massa críticaCobertura ambiental<br /><br />Aquecimento global, fontes energéticas renováveis, biocombustíves, desenvolvimento sustentável. Esses temas ganharam de vez a atenção da mídia e a preocupação da sociedade, que cada vez mais se conscientiza do impacto negativo do homem no planeta Terra. Nos últimos anos, as catástrofes ambientais estão se tornando mais freqüentes e mais letais, dando provas contundentes de que a exploração predatória, se não for controlada, poderá vir a ser a causa da extinção da própria humanidade.<br /><br />Tsunami, Katrina, ondas de calor na Europa, o aumento gradual das temperaturas do planeta, chuvas torrenciais – “que em um único dia derramam sobre cidades o volume esperado durante todo o mês e causam alagamentos, transbordamentos de rios e inundações em bairros inteiros” diz o noticiário da previsão do tempo. Cobertura que ganhou novos formatos e tempos estendido nos telejornais. O assunto desperta o interesse de um público, cada vez mais assustado com os fenômenos climáticos. O apuro na edição da passagem da repórter do Bom Dia Brasil é um exemplo dos novos “tempos”. Ao vivo, de algum ponto da cidade, ela dá a previsão do tempo para aquele dia, passa então para exibição de matérias de diferentes pontos do País e finaliza com a leitura clássica do tempo no mapa digital.<br /><br />Questões Locais<br /><br />Em Maceió, o qüiproquó em torno do esgotamento do lixão e da implantação do aterramento sanitário tem levantado sérios debates e enormes protestos. A capital cresceu geograficamente além do que seus próprios gestores poderiam imaginar. Novas ruas, loteamentos, conjuntos residenciais, crescimento vertical, expansão imobiliária na orla, aumento das fronteiras do Tabuleiro, Maceió está assistindo a um inchaço populacional, só comparável aos êxodos rurais provocados pela introdução das máquinas no campo no início do século passado. Junto com essas novas famílias, claro, há um volume maior de dejetos sendo produzido diariamente. E com isso a urgência de se encontrar uma solução sustentável a longo prazo para o manejo do lixo.<br /><br />O esgotamento sanitário é outro problema histórico de Alagoas. O órgão “irresponsável” pela manutenção dos tubos e canais da rede de esgotos de Alagoas, <a href="http://www.casal.al.gov.br/">Companhia de Saneamento de Alagoas</a>, a Casal, é uma notória burladora da lei, exemplo de má fiscalização, e até conivência com práticas criminosas. Atualmente está respondendo a processo no Ministério Público Federal por ter liberado e inclusive executado ligações clandestinas em redes pluviais – mais barato que a construir a tubulação adequada, essas ligações são as grandes responsáveis pelo esgoto escoado nas praias, poluindo os mares e pondo em risco a saúde de banhistas.<br /><br /><br /><em>“Onde intervêm o favor e as doações, abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.”<br />Miguel de Cervantes</em><br /><br />Responsabilidade Social<br /><br />Os jornais revelam que é tempo de abundância, países ricos e emergentes geram mais riqueza, acelerando a roda da economia mundial. A globalização da cultura, dos mercados, das empresas e de todos os aspectos que definem a vida moderna tem levado a um ciclo de crescimento e de circulação de capitais que não encontra limites ou oposições. Esta nova percepção despertou, em uma parcela da sociedade, a consciência da irracionalidade das desigualdades sociais. É hora de dividir o bolo e de fazer a diferença, dar uma contribuição para a construção de um mundo mais justo. O discurso da responsabilidade social caiu bem no gosto dos especialistas de marketing das empresas e, prontamente, diversas campanhas em prol da solidariedade e do desenvolvimento sustentável despontaram na comunicação publicitária.<br /><br /><br />“Visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um passatempo. Visão com ação pode mudar o mundo.”<br />Joel Barker<br /><br /><br />Pajuçara Social<br /><br />Conscientes da importância do papel que tem o jornalismo de levar ao conhecimento público grandes questões que envolvem o desenvolvimento sustentável do estado em que atua, o Pajuçara Sistema de Comunicação levou além a esta missão e lançou o projeto Pajuçara Social.<br /><br />Em 2005, um conjunto de funcionários voluntários criou o Comitê de Responsabilidade Social Empresarial com o objetivo de apoiar e promover ações voltadas para o desenvolvimento social e ambiental de comunidades carentes. Em um ano de trabalho, esse comitê elaborou um plano de ações e criou a marca social da empresa: o Pajuçara Social.<br /><br />A iniciativa é inspirada nas oito metas do milênio estabelecidas em convenção da Organização das Nações Unidas: acabar com a fome e a miséria; educação básica e de qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a aids, a malária e outras doenças; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.<br /><br />A principal missão do projeto consiste em disseminar uma cultura de atuação socialmente responsável, contribuindo para a identificação, implementação e disseminação de melhores práticas de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.<br /><br />Sustentada pelos pilares: cultura, meio ambiente, saúde, educação, o Pajuçara Social realizou várias ações nas comunidades vizinhas, como o Dia de Fazer a Diferença, Projeto Vida, sobre a importância da doação de órgãos, Atitude 103, Natal Solidário, quando se arrecadam alimentos, livros e brinquedos que são doados a crianças carentes do agreste alagoano, entre outras realizações das emissoras filiadas no interior.<br /><br />Cultura Organizacional<br /><br />A coleta seletiva, no entanto, é falha. Em raros pontos da empresa são encontrados lixeiros seletivos, discriminando o recipiente de papel, plástico e orgânicos. Na maioria dos corredores e salas, um único recipiente recebe todo tipo de lixo.<br /><br />Internamente o setor de recursos humanos promove a campanha adote uma caneca, que incentiva seus colaboradores a substituírem os copos de plástico – que levam mais de 100 anos para se decompor – , por canecas pessoais, evitando assim o acúmulo de copos que são usados durante o dia. Há uma ampla adesão da equipe e as dezenas canecas de diferentes desenhos, cores e tamanho são encontradas espalhadas pelos armários.<br /><br />Essas e outras iniciativas dão mostra da importância de se criar dentro da organização a cultura do uso racional dos recursos, da eliminação do desperdício, da minimização dos impactos ambientais na comunidade em que se situa. Uma preocupação com a sustentabilidade do desenvolvimento econômico, com a preservação das espécies, com o manejo dos resíduos da produção são valores que devem ultrapassar os slogans dos anúncios publicitários e ser, definitivamente, incorporados à filosofia da empresa.Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-70401364250770940242008-01-03T04:12:00.000-08:002008-12-11T11:46:42.564-08:00Agora durma com um negócio desses...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAQVaWYkYI2_yTcJSePxfuTXCRADiMi_LC1V9owCBQcV-H_GW7mGhPhcWvMW8l-gJFxZJYh_oUC1VO8NiDXAj_6Gwx1rGBdH0SXKHyfoReG9IVo-NvfUIovBkpph3PVDH_dz0b/s1600-h/inauguracao_busto_jose_aprigio_jul2007+(48).JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5151222447484660946" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAQVaWYkYI2_yTcJSePxfuTXCRADiMi_LC1V9owCBQcV-H_GW7mGhPhcWvMW8l-gJFxZJYh_oUC1VO8NiDXAj_6Gwx1rGBdH0SXKHyfoReG9IVo-NvfUIovBkpph3PVDH_dz0b/s200/inauguracao_busto_jose_aprigio_jul2007+(48).JPG" border="0" /></a><br /><div></div>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-51235467450772642022007-12-01T08:22:00.000-08:002007-12-08T06:21:28.520-08:00Análise de Conteúdo / Teoria da Conspiração<p class="MsoNormal">Há algumas semanas vem sendo exibida a nova propaganda do poder executivo que defende a tese de que vários brasileiros, beneficiados pelos programas federais, estão em conjunto promovendo o desenvolvimento econômico do País.</p> <p class="MsoNormal">O <i style="">off </i>cita na seqüência a lista desses programas, e, para ilustrar essa onda progressista, vemos pessoas se cumprimentando e subindo juntas uma longa escadaria. A longa escadaria me é familiar. Onde vi essa cena, só que invertida - em vez de subirem sorrindo, as pessoas desciam apavoradas?<br /></p> <p class="MsoNormal">A cena clássica de “O Encouraçado Potekin” de Sergei Eisenstein mostra uma massa de revoltosos subindo as escadas e enfrentando os cossacos armados, que atiram sem hesitação contra a turba. Correria e pânico. E a tomada angustiante de um carrinho de bebê precipitando-se escada abaixo.</p> <p class="MsoNormal">Agora, se a escolha da cena foi proposital, incidental ou mera alusão à um velho ditado, não me perguntem. A gente só pode imaginar que intenções guiam determinados produtos culturais. Especulação com ares de conspiração não carece de explicitar intenção: é simplesmente mais divertida a ficção que a realidade.</p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-54283091276364984402007-11-29T14:49:00.000-08:002007-12-08T06:11:21.990-08:00Best Songs Ever (para cada situação):<br /><br />Pra qdo vc pisou na bola: <strong>"Fallen"</strong> de Sarah Mclachlan.<br />Pra mais um desencontro amoroso, curtir a fossa sem drama: <strong>"Another Lonely Day"</strong> de Ben Harper.<br />Pra balançar as cadeiras e arranhar o espanhol e o francês: <strong>"Me Gustas Tu"</strong> de Manu Chao (relembre tbm os beijos tórridos de Antonio Banderas e Salma Hayek em "A Balada do Pistoleiro").<br />Pra garotas mandonas e de gosto refinado: <strong>"Peel Me a Grape"</strong> de Diana Krall.<br />Pegando pesado no flashback love, uma imbatível: <strong>"Wicked Game"</strong> de Chris Issack (mentira quem disser que não se emociona com o violão dessa balada).<br />Quem se interessa por francês, arrisca: <strong>"Ne me quitte pas"</strong> de Maysa (minha intérprete predileta).Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-30064278886811053102007-11-26T13:32:00.000-08:002008-12-11T11:46:42.927-08:00Finais Felizes<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD9rrrR6v_h1iXWV3aVAV5xpwGExuMPD956QResNwRYvsfxwKsKABEr33BiM7DDfrvXXMSCmb3Eegt2zcsztJMEchv81nA0OUMP6ACM1aam4t_iu4tmBqGtwUkJLvsniU_zAzc/s1600-h/nao_por_acaso.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD9rrrR6v_h1iXWV3aVAV5xpwGExuMPD956QResNwRYvsfxwKsKABEr33BiM7DDfrvXXMSCmb3Eegt2zcsztJMEchv81nA0OUMP6ACM1aam4t_iu4tmBqGtwUkJLvsniU_zAzc/s200/nao_por_acaso.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5137267533133524178" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXCSVpq1GaPUSffueNtRaAgAzD2n7P5UbEQQEcqKxOUY9N8qrH46QbOc5SVVge5XA_ECHzUOyHKUslQKz2rUfDiRn9OLErHkylyWeqwZS8Wpd7c1wUbfaYAn___QjBtu2wHzbF/s1600-h/medos.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXCSVpq1GaPUSffueNtRaAgAzD2n7P5UbEQQEcqKxOUY9N8qrH46QbOc5SVVge5XA_ECHzUOyHKUslQKz2rUfDiRn9OLErHkylyWeqwZS8Wpd7c1wUbfaYAn___QjBtu2wHzbF/s200/medos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5137267533133524194" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal"><i style="">Não por Acaso</i>, de <b>Philippe Barcinski</b>, explora o tema da recuperação de um trauma emocional: como permitir a alguém entrar na nossa história e nos curar de uma dor intolerável. Rodrigo Santoro e Leonardo Medeiros protagonizam este, que é o primeiro longa-metragem de Phillipe Barcinsky, elogiado autor de curtas experimentais, como <i style="">Palíndromo e Janela Aberta. .</i><b><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Engenheiro de tráfego / Marceneiro e jogador de sinuca. Um não conhecerá jamais o outro, mas a tragédia que vivenciam os unem, e eles à humanidade. </p> <p class="MsoNormal">Após assistir <i style="">Medos Privados <st1:personname productid="em Lugares Públicos" st="on">em Lugares Públicos</st1:personname></i> de Alan Resnais, me foi um verdadeiro alívio testemunhar a tese da redenção pelo amor prevalecer, ou, em outras palavras, ver um final feliz. Os franceses de Resnais, flanam fleumáticos (perdão!) pelas ruas de Paris, sofrendo carência afetivas paupáveis, mas são incapazes de tomar uma atitude conciliatória ou de aproximação.<span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal">Ainda bem que ainda existem cineastas que (sem pieguice) acreditam no poder do amor.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-58075367217073690372007-10-31T04:53:00.000-07:002007-10-31T04:55:47.481-07:00Consulta MédicaIsso me aconteceu há alguns dias. Foi mais uma das situações “programa de índio” da vida, aqueles programas que você têm certeza que é furada mas vai por falta de algo melhor pra fazer. Se bem que para tratar de saúde, o melhor mesmo é desmarcar tudo na agenda, e estar mais uma vez à disposição dos senhores de jaleco. Porque paciente tem mesmo é que ser muito paciente e desocupado para esperar para que a autoridade médica lhe faça um brevíssimo exame, rabisque palavras ilegíveis num formulário de requisição de exame e lhe despeça. “Me traga os exames o mais rápido possível.” (Sim. Claro, eu não tenho compromissos. Sim senhor, o mais rápido que EU puder, você, espere. A saúde ou doença é minha mesmo! Só se tornou da sua conta, porque eu quis, o escolhi entre os médicos listados no guia de serviços do meu plano de saúde.)<br /><br />Mas vamos ao dia específico. Tinha aula de jornalismo opinativo, mas não só aula, entrega de trabalhos também, como se vê, existem poucos, mas aquele era um dia “infaltável”. Tudo bem. Dirijo-me à clínica oftalmológica. Lá chegando descubro que em vez de 14h30, meu horário era de 15h45. Meu pai quem marcou e se enganou. Primeira mancada. “Achei estranho. Porque a doutora só chega de 15h” disse a atendente. (Estupendo! Três horas da tarde? Que raio de almoço demorado, é esse?). Antes de qualquer expressão de desagrado, minha atenção foi captada pela tela de plasma atrás do balcão. Uma linda loira ao piano, voz grossa e áspera, instrumentistas virtuosos espalhados num palco à meia-luz. Passava “Diana Krall – Live in Paris”. Olhei ao meu redor, o clima ambiente era acolhedor, o sofá aconchegante, tudo branco. Sentei-me e pensei “bom, tenho apostilas e a revista Época da semana para ler. Acho que nesse clima, e com esse soft jazz no fundo, não será muito torturante esperar.”<br /><br />Não preciso nem dizer que esse clima chill out não durou muito. Começaram a chegar turbas de pacientes. Em minutos, a sala de espera lotara. Eram idosos, casais, meninos e mães, crianças, avós. E um tipo mais pitoresco. Eram os recém-operados de catarata. Esses chegavam com uma prótese plástica cheia de buraquinhos grudada com esparadrapo no rosto. Estranhamento e humor permeavam minha leitura.<br /><br />Termina a Diana. Volta ao menu. Inicia automaticamente. Lá vou eu em minha segunda audição. Os médicos chegam. A sala enche. Faltam duas pessoas a minha frente. Sento. Da apostila para revista, da revista para a TV, da TV para as crianças irrequietas. De novo, o show em Paris termina. “Quando é minha vez?” pergunto. “Jenifer, o pai da doutora não está se sentido bem. Nós tivemos que passar na sua frente esse senhor, mas ele foi o último que ela atendeu.” (Ah, e tem mais): “Podemos remarcar para sexta pela manhã?” (Absolutamente, claro, sexta pela manhã, ou segunda? Que tal no horário do meu estágio? Não quer tomar meu horário de almoço? Que tal então minhas horas de sono?). “Não posso. Remarque para a próxima terça, lá pras 17h.” Quem sabe agora eu não precise perder aula.<br /><br />Ah, e hoje é quarta da semana seguinte. Eu não fui à clínica.Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-55267919270898657542007-08-11T06:09:00.000-07:002007-08-11T06:10:07.741-07:00Baixio das Bestas de Cláudio Assis: anotações<p class="MsoNormal">O filme é incompleto, curto.</p> <p class="MsoNormal">Os sentidos metafóricos se diluem na narrativa. Nenhuma resposta satisfatória nos é dada sobre o destino dos personagens.</p> <p class="MsoNormal">Por isso, não quero ser porta-voz dos anseios de um moralismo cristão à moda de <i style="">Lucíola</i> de José de Alencar ou <i style="">Atração Fatal</i> de Adrian Lyne. Anseio é pela estrutura formal, pelos fundamentos do começo meio e fim, mesmo que invertidos, como em <i style="">Amnésia. </i>É pela falta da coerência dos destinos dos personagens, pela improviso, que Baixio deixa a desejar.</p> <p class="MsoNormal"><st1:personname productid="Em Amarelo Manga" st="on">Em <i style="">Amarelo Manga</i></st1:PersonName>, a beata que descobre o marido traidor se metamofoseia. É contaminada pela pobreza e tristeza do ambiente em que ela vive, mas que recalcava na religião. Ela tem um fim.</p> <p class="MsoNormal">Em Baixio das Bestas, o último sinal de pureza, representado pela jovem explorada pelo avô, se degrada e degenera após um estupro há muito tempo anunciado (ela é a única personagem que tem um fim). O espectador espera nauseantemente o pior. Não faz nenhum sentido que uma moça, exposta daquela forma a todos os caminhoneiros da área, passe imune por todo aquele deserto de cana-de-açúcar. Caio Blat repete o comportamento odioso do adolescente irresponsável de <i style="">Cama de Gato</i>. Realiza impunemente uma série de crimes que são “abrandados” na sua visão de MMM (menino mimado da mãe).</p> <h2><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">A fossa que nunca termina, a morte do velho, o destino da prostituta e do vilão ruivo (<a href="http://matheusnachtergaele.vilabol.uol.com.br/">Nachtergaele</a>) não sabemos ao final qual o carma de cada um. Não há julgamento de valor, de moral, conservadora ou liberal. Situações com um potencial sígnico catártico se perdem em uma sucessão de cenas dispensáveis. A fossa que nunca é concluída, se enfatizada, revelaria que a bosta do mundo permanece mesmo é na superfície. A podridão do mundo. <o:p></o:p></span></h2> <h2><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">Aquelas bestas vicejam num interior perdido de Pernambuco, tripudiando sobre cada um dos sete pecados capitais. Sem Deus, sem Alá, sem nada. Só o agora, gozar o agora, estuprar o agora, matar o agora. Estas pessoas existem e são maioria, apesar de estarem a margem da sociedade do consumo, da educação, da saúde, da expressão cultural. <o:p></o:p></span></h2> <h2><u><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">Sou brasileiro e não desisto nunca</span></u><span style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">. É tragicômico esse mote. Blat atropela um ciclista e apreensivo descobre que ele não morreu. Como diz o seu amigo essa gente não morre fácil. Se morresse já tava todo mundo morto.<o:p></o:p></span></h2> <p class="MsoNormal">O naturalismo cru da obra de Cláudio nos remete sempre ao conhecido livro de Aluísio de Azevedo: <i style="">O Cortiço</i>. O desfile de diversas personagens, cada uma com seus vícios, a presença da figura imaculada, que cedo ou tarde, será maculada pela convivência com esses tipos, o ciclo de perversão hereditária, o homem bom que se degrada pelo meio - o determinismo histórico. Todos são elementos presentes na obra de Cláudio Assis. Uma visão pessismista, mas não menos pessimista que a realidade.</p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-3491847597353556302007-08-09T10:21:00.000-07:002007-08-09T10:22:21.678-07:00A personalização do espaço<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os grandes provedores de conteúdo empreendem uma batalha acirrada pelas contas de usuários. MSN e Yahoo! disputam maior capacidade de armazenamento e maior funcionalidade de design em seus serviços de e-mail. Orkut, MySpace, Tagged... é difícil acompanhar a quantidade de paginas de relacionamento lançadas na rede, apesar de o Orkut ter conquistado definitivamente a preferência dos brasileiros. Blogs são o exemplo precursor na democratização da produção de conteúdo. Abrigam desde relatos pessoais a opiniões estéticas e políticas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Esses são mais alguns exemplos de um fenômeno muito discutido atualmente pelos teóricos da comunicação: a Web 2.0. A mobilização popular virtual adquire inúmeras feições. Vai da contribuição a Wikipedia, primeira enciclopédia exclusivamente produzida pelos seus usuários, ao desenvolvimento de softwares livres, que contam também com a colaboração de programadores do mundo todo. </p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style=""> </span>A publicidade segue uma tendência cada vez mais difusa na atualidade: a personalização (customize). Mala-direta, comerciais de bancos na TV, especialização de serviços, as empresas buscam explorar todas as fatias de mercado com ofertas cada vez mais compatíveis com o universo do consumidor.</p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-48378076212331385852007-08-09T09:48:00.000-07:002007-08-09T10:21:40.222-07:00<p class="MsoNormal"><b style=""><span lang="EN-US" style="font-size:18;">“Share Your World With The World”<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14;">O amadorismo artístico é a tônica dos sites que armazenam fotografias<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Aniversários, animais de estimação, auto-retratos, arte amadora, viagens.... são inúmeros os temas das fotos que pululam na internet todo dia. A WWW em menos de duas décadas revolucionou o modo de se fazer cultura. Cada vez mais internautas expõem o corpo e a alma em páginas online de alcance mundial.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O conceito de interatividade ganha novos exemplos e uma expressão segura no novo meio de comunicação. Servindo como passatempo ou instrumento de trabalho, a internet esfumaçou a linha divisória entre criadores e fruidores de informação. Se antes a interação meio-público confinava-se a escolha dentre três opções do final da história da TV, a seleção do filme <i style="">pay-per-view</i> e às sondagens de opinião no rádio, hoje pode-se falar que a internet possibilitou um maior equilíbrio na balança comunicativa.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><b style="">Flickr:</b> Site pertencente ao Grupo Yahoo!, o flickr é o mais novo da safra dos fotolog (log do inglês: colocar informação). Nele é possível fazer o “upload” de fotos dividindo-as em álbuns, escolher as fotos de outros usuários como favoritas, participar de grupos com direito a painel de discussões, entre outros serviços. Antenado com a discussão sobre direitos autorais, o flickr traz uma novidade: a possibilidade de se aderir ao Creative Commons. São quatro os modelos de cessão de direitos autorais: atribuição (uso e edição irrestritos com reconhecimento de autoria), não-comercial (uso e edição irrestritos sem fins comerciais), não a obras derivadas (uso sem edição) e o compartilhamento pela mesma licença (liberando as fotos para aqueles que tiverem licença idêntica a do usuário). </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">No <b style="">Fotolog</b>, mais antigo e popular dos blogs de fotografia, o usuário pode postar fotos, ler comentários e exibir o link do fotolog dos amigos em sua página. Essa configuração incentiva a mania e cria sempre mais fotologueiros para o site que possui cerca de 10 milhões de usuários acrescentando 283 mil fotos por dia. <span style="" lang="EN-US">“Share your world with the world” é o lema da página incial.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Há também os fotologs dos grandes portais da Internet como o Ig, o Terra e o Globo.com.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-15597106416048633242007-06-17T09:52:00.000-07:002007-06-17T09:54:04.292-07:00O Pudim de Minha MãeMinha mãe não é la uma cozinheira de mão cheia. Nos fins de semana, na folga da empregada, ou a gente come fora (99,9%) das vezes, ou ela requenta a comida do sábado. Inclusive deixando na panela as casquinhas de um feijão agonizante, e a gordura do bife duro frito.<br /><br />Não preciso de detalhes mais embrulhadores de estômago que esses, poupar-vos-ei de um fastio doentio.<br /><br />Há no entanto, um único prato, uma simples e prosaica sobremesa, que ninguém, no mundo inteiro, nem Ferran Adrià, consegue fazer com a consitência, sabor e equilíbrio com que ela faz: o pudim.<br />Esqueça o que você conhece por esse nome. Nenhum de vocês conhece a pontecialidade dessa arte da culinária.<br />Sabe o pudim cheio de furinhos com gosto de ovo que servem nos restaurantes a não menos que abusivos R$ 2,50?<br />Ao conhecer o da minha mãe isso vira mais é uma extorsão flagrante, dolosa e inafiançável.<br />Uma cor branco-dourada uniformizada, calda de açúcar na medida certa, um sabor doce que jamais enjoa (desafio a mim mesma a comê-lo inteiro sem me traumatizar)... Nós, aqui em casa, temos fama de ratinhos segundo a empregada, eu como várias vezes por dia uns bocadinhos, meu irmão, fatias generosas algumas vezes ao dia, meu pai, metade dos pratos em dois turnos.<br />E nós quatro comemos em algumas horas esse segredinho doce de família.Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-49985155696702774012007-02-13T03:31:00.000-08:002007-02-13T03:30:26.595-08:00Memórias de Uma Gueixa (Memoirs of a Geisha, EUA, 2005)Japão entre-guerras, subúrbio de Tóquio. Ruas estreitas, escuras pela <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">umidade</span> de uma chuva constante. Um cenário de melancolia e mistério, de dor e sexualidade: é também assim, que podemos definir o trabalho de uma gueixa, a acompanhante de luxo da tradição japonesa. Imaculadamente brancas de pó-de arroz, os lábios rubros, inúmeras camadas de seda e sapatos de plataforma altíssimos definiam sua aparência. Costumavam entreter fileiras de homens nas casas de chá, quer tocando a balalaica, dançando com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">leques</span> ou proporcionando uma conversa agradável, as gueixas eram treinadas em escolas especiais desde a infância para desenvolver diversas habilidades. "A gueixa é a arte em movimento" dizia <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Mameha</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">protetora</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Chyio</span>-<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Sayuri</span> a protagonista do filme.<br /><br />O filme é baseado no romance de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Arthur</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Golden</span>. A pequena <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Chyio</span> e sua irmã são vendidas pelo pai pescador a um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">okyia</span> (casa de gueixa). Lá, elas são separadas e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Chyio</span> começa a servir à irascível gueixa <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Hatsumomo</span> (Li <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Gong</span> imperiosa com seus longos cabelos pretos e olhar faiscante de ódio). Certo dia ela se encontra chorando numa ponte, momento em que "o presidente" o atraente <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Ken</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Watanabe</span>, lhe conforta e lhe compra um sorvete. A partir daquele momento, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Chyio</span> decide se tornar uma gueixa, somente para poder se reencontrar com aquele homem. Alinhados os astros, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Mameha</span>, outra famosa gueixa, propõe-se a tornar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Chyio</span> em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Sayuri</span>, a mais cobiçada mulher do <span style="font-style: italic;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">hanachami</span></span>(bairro). A partir de então, intrigas, ciúmes e desejos reprimidos dão o tom da disputa entre <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Hatsumomo</span> e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Sayuri</span>.<br /><br />A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">direção</span> de arte de Patrick M. Sullivan <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">Jr</span>. e Tomas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">Voth</span> surpreende pelo preciosismo com que se dedica à indumentária e à <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">maquiagem</span> das <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">atrizes</span>, capazes por si só de contar uma história. A fotografia de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">Dion</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">Beebe</span> é belíssima. Ao se manter na <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">teleobjetiva</span>, sempre presa a escala menor do <span style="font-style: italic;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">hanachami</span></span> , se converte em algo muito íntimo e recatado. Restrito ao curto horizonte de perspectivas das próprias gueixas.<br /><br />Após sermos totalmente enredados nessa aura de tradição, em que a linha que separa a artista da prostituta é extremamente frágil, surge a guerra, que já <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">desestabilizou</span> inúmeras histórias cinematográficas. E a ocupação americana. O tom predominantemente escuro do <span style="font-style: italic;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">hanachami</span></span> é substituído pelo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">cáqui</span> das roupas militares, milhares de americanos rindo e ouvindo jazz, mulheres vestidas à maneira das gueixas, todo o respeito infundido no telespectador na primeira hora do filme é ofendido por essa balbúrdia ignorante e juvenil.<br /><br />Magnificamente dirigido, as duas horas e 25 minutos do filme não se fazem sentir. Apesar de um final consideravelmente simplório, falha da trama de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">Golden</span>,<span style="font-style: italic;"> Memórias </span>é um excelente vislumbre dessa milenar tradição japonesa.<br /><br /><span style="font-size:78%;">(as traduções de termos japoneses não são fruto de pesquisa e sim, de interpretação livre do filme)</span><br /><span style="font-size:85%;"><br /></span>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1171048324643166712007-02-09T10:54:00.000-08:002007-02-09T11:12:04.663-08:00DOUTOR THÉO: UMA HERANÇA CULTURAL<div align="left">No seu centenário, homenageia-se o antropólogo, que em anos de pesquisa, montou um acervo de inestimável valor para a preservação da cultura popular.<br /><br /><br />Jenifer Leão, Marcela Albuquerque, Ismael Tcham e Valter Ferreira<br /><br /><br /><strong>Abertura Oficial do Centenário Théo Brandão</strong> </div>Nas fitas coloridas do guerreiro, espalhadas em todas as passagens, pulsava vivo o colorido do folclore alagoano. Nas mesas, tecidos floridos em tons de vermelho e amarelo, complementavam o turbilhão de cores e estampas tão próprio aos folguedos populares. As luzes que cobriam todo o museu faziam-no emitir uma luz acolhedora, como a representar um porto seguro para cultura, contra as marés do esquecimento. Tudo em homenagem ao patrono daquela casa. Ao homem, que em anos de estudo e pesquisa montou um arquivo de inestimável valor para a preservação da história popular. Arquivo este, que em 1975 foi doado a Universidade, como bem lembrou Ana Deyse, em seu discurso: “naquele momento, todo aquele acervo, seria célula inicial do museu Théo Brandão.”<br />Na noite do dia 25 de janeiro, o palco externo do museu Théo Brandão começa então a ser lentamente preenchido por toda sorte de autoridades: das mais óbvias Leda Almeida diretora do museu e Ana Deyse Correia, reitora da Universidade, aos filhos do antropólogo, Walter e Válnea Brandão, Juarez Gomes de Barros sabiamente representando nosso benquisto governador; ainda, Péricles Brandão, prefeito de Viçosa, cidade-natal de Théo, José Renivaldo dos Santos, diretor regional dos correios e a vice-prefeita Lourdinha Lyra, com seu usual vestido para eventos culturais.<br />A filha de Théo, Válnea Brandão agradece então o esforço conjunto que possibilitou a restauração daquela casa, com a conseqüente perpetuação do legado de seu pai: “Foi muito importante a colaboração da universidade para o projeto de restauração, uma campanha que mobilizou a comunidade universitária, políticos, empresários, gente que se sentia incomodada com o estado de deterioração deste prédio, o que em pleno corredor turístico, denunciava o tipo de tratamento dado à cultura em Alagoas.”<br />Foi instituída a medalha comemorativa ao centenário de Théo Brandão, e em número de quatro foram entregues a: Válnea, representante da família, a Gustavo Quintela por seu empenho e dedicação pelo registro da cultura popular alagoana, através de pesquisas na área de música folclórica, a José Carlos, um dos primeiros funcionários do museu e que foi aluno-bolsista de Théo e a professora Margarida Santos, peça central na campanha pela restauração do museu.<br />Também é lançado, pelos correios, o selo comemorativo ao centenário de Théo Brandão. Encerrando a noite acontece a apresentação do reisado cearense Brincantes Cordão do Caroá.<br /><br /><strong>A Folkcomunicação e Destaque na Cultura Alagoana</strong> <br /> O dia seguinte é dedicado a apresentação de três painéis. Nos dois primeiros, sob a coordenação da professora Rossana Gaia, os expositores contaram vivências com doutor Théo, além de trabalhos que dão continuidade à expressão da cultura através da comunicação.<br /> O primeiro painel iniciou com o professor José Marques de Melo que relembrou os seminários realizados, juntamente com Théo, onde tratava da formação superior em jornalismo, colaborando com sua adesão imediata e patrocinando sua legitimação.<br />O expositor Osvaldo Trigueiro, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPA) e coordenador do núcleo folkcomunicação da Intercom, relata os debates que travava com o antropólogo sobre o que era essa visão moderna chamada folkcomunicação, já que o assunto era considerado alienação cultural por visões tradicionais existentes naquela época.<br />Após breve intervalo, retornando ao seminário onde se discute a “Presença do Jornalismo e Destaque na Cultura Alagoana”, o professor de antropologia Bruno César salientou que Théo deu grande destaque à cultura alagoana criando relacionamentos entre folclore, antropologia e sociedade. Bruno refere-se a Théo como um mediador cultural, dotado de um espírito revisor e inquieto, que não se preocupava com sofisticações teóricas em sua obra.<br />Por fim, a palavra do professor José Maria Tenório, discípulo e biógrafo de Théo Brandão. A professora Rossana leu um pequeno texto elaborado por José Maria, pois ele não conseguia fazê-lo devido ao excesso de emoção.<br />No texto, José Maria lembra do seu tempo de faculdade, da fala difícil porém bonita do mestre Théo, e que sempre foi um grande admirador do professor de antropologia cultural, que uma vez lhe declarara ser ele seu “filho intelectual”.<br /><br /><strong>Reconhecimento e Continuidade de Uma Obra</strong><br />O terceiro painel inicia com o tema: reconhecimento e continuidade de uma obra, no qual a professora de História e Antropologia Vera Lúcia Calheiros, relembra emocionada passagens de sua vida em comum com seu mentor e amigo Théo Brandão: “Como começar a falar de alguém com quem trabalhei longos anos na Ufal? Alguém que cuidou do meu sarampo, que foi meu padrinho de casamento?”. Chora. Tem uma voz esganiçada e entrecortada. Seus cabelos cinzelados pelo tempo não ousam contrastar com o tom alvíssimo de sua pele. As memórias que iria destrinchar naquela noite ocuparam pelo menos oito páginas e 80 minutos.<br />Passa a relatar a transição do médico para o antropólogo, o despertar do seu interesse pela medicina folclórica, a pesquisa de campo improvisada, os recursos tecnológicos que utilizava: “Munido de um gravador com dois carretéis de fita magnética, doutor Théo registrava as cantorias, repentes, depoimento de causos.” Ele costumava dizer: “Eu nunca fui homem de sair por aí para fazer pesquisa de campo, mas não havia ciência social nessa época. Eu, consultando as mulheres que viam se consultar comigo, trazendo saquinhos amarrados nos pescoços dos meninos... era com elas que eu colhia os primeiros materiais de medicina folk, crendices e superstições. Meu centro de estudos era o próprio ambulatório de pediatria.”<br /><br /><strong>Pedagogo nato</strong><br />Uma senhora franzina, miúda, muito quieta remexia algo em sua bolsa. Tomava o copo d’água com ambas as mãos, pois o tremor que elas apresentavam tornavam arriscado empreender a tarefa com uma só. Era a professora Nádia Amorim. Tomando o microfone, apressa-se a se desculpar por um certo coloquialismo em sua fala. Nada mais enganoso. Na próxima meia hora não se encontram erros de gramática, mas somente pura erudição verbal.<br />No segundo depoimento da noite, Nádia recorda com orgulho os tempos em que teve Théo como professor. Sob o tema: “Théo Brandão: Professor e Educador”, ela ressalta a importância da confluência: professor-educador-pesquisador. E identifica, como uma das pragas da educação brasileira o desencontro entre essas funções. Era a paciência, a tolerância e a delicadeza que faziam de Théo Brandão um “pedagogo nato.” Eis o primeiro contato que a sua turma teve com o professor: “A minha turma era tão ingênua, em todos os aspectos, era um turma extremamente simpática, extremamente agradável, mas também extremamente modesta do ponto de vista intelectual...” O sorriso e o leve altear de sobrancelhas denunciam o passar de cenas em sua mente: “quando entra doutor Théo, falando bem rápido, e sempre sorridente, que ele ia procurar tornar a matéria, a mais acessível possível... isso já cativava todo mundo. Aquele sorriso era um sorriso, de quem dizia : não se preocupem porque compreendo, e porque compreendo eu respeitarei a ignorância de vocês. Ele tinha um profundo respeito pela ignorância alheia. Isso porque dentre outras coisas, ele era um gentleman. Fino na educação formal e no tratamento com as pessoas. Essa era a grandeza do educador.”<br />Nessa noite de encerramento, é relançado o livro O Reisado Alagoano de autoria de Théo Brandão, que ganhou o primeiro lugar no quarto concurso de monografias sobre o folclore nacional, da Discoteca Pública Municipal de São Paulo. Outro reisado ocupa o palco, são os foliões do Bananal de Viçosa. Finalizando a noite, o talentoso violeiro João de Lima desfila os repentes. Homenagem mais regional, impossível.<br /><br /><strong>O Homem e o Estudioso</strong><br />Théo Brandão, nome abreviado de Theotônio Vilela Brandão, nasceu em Viçosa, município de Alagoas, no dia 26 de janeiro de 1907. Em 1929, terminou o curso de medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Na Universidade Federal de Alagoas exerceu o cargo de diretor do antigo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Quando se aposentou passou a se dedicar unicamente à pesquisa e à promoção do folclore alagoano.<br />Em vida várias publicações foram feitas pelo mestre como Folclore de Alagoas, Trovas Populares de Alagoas, Folguedos Natalinos, Novíssimo Romance do Gato A Chegança, O Presépio de Alagoas Cavalhadas e Quilombo. No ano de sua morte estava previsto o lançamento das obras Folguedos Náuticos, Falando sobre Chegança e Fandango. Théo Brandão faleceu em decorrência de um câncer no fígado, às 8 horas do dia 29 de setembro de 1981, em sua residência. Seu corpo foi trasladado para o museu que ele ajudou a fundar, onde foi velado por amigos e admiradores. O então reitor da Ufal, professor João Azevedo mandou suspender as aulas. E no velório esperava Théo Brandão com um cartão que dizia: “Esta é a tua casa. Aqui serás eterno”. O governador da época, Theobaldo Barbosa, decretou luto oficial de três dias no Estado.<br /><br /><strong>O Museu<br /></strong>O Museu Théo Brandão tem sido uma das instituições responsáveis pela preservação da história do Nordeste e em especial a vida intelectual de Alagoas que desde a sua origem, está ligada a monocultura da cana-de-açúcar, à vida rural e ao monopólio dos senhores de engenho.<br />Hoje o museu é um órgão suplementar da Ufal de Antropologia e Folclore, foi criado em 20 de agosto de 1975 e instalado provisoriamente na casa número três do Campus Tamandaré no Pontal da Barra, na Administração do Reitor Nabuco Lopes. Recebeu o nome de Théo Brandão em razão de ter sido criado para abrigar a coleção de arte popular do professor e folclorista Theotônio Vilela Brandão que doou suas obras para a universidade.<br />O atual edifício do museu foi adquirido no reitorado do professor A. C. Simões. Na época, o museu era utilizado como residência universitária feminina conhecido como “L.U.A”, até atingir a sua vocação museológica. A transferência do Campus Tamandaré para o Palacete dos Machados, como era conhecido o prédio da Avenida da Paz, foi assinado pelo reitor em exercício João Azevedo, também principal articulador da criação do museu.<br />O primeiro diretor nomeado foi o professor Fernando Antônio Lobo Neto (1975/1976). Mas foi em 1999, sob a coordenação de Carmem Lúcia Dantas que o museu passou por um processo de renovação, restauração e direcionamento da sua nova fisionomia administrativa e técnica.<br />Em 1983, o museu recebeu o acervo documental de Théo Brandão, que estava em poder da família compreendendo: pesquisas inéditas, fichários de material folk, fotografias, filmes, fitas cassetes, folhetos de cordel e toda a biblioteca que pertenceu ao folclorista. Em 2000, em seu segundo reitorado, o professor Rogério Moura Pinheiro declara o museu Théo Brandão sua prioridade na administração, período durante o qual realizou-se a atualização dos projetos arquitetônicos.<br />A reinauguração do imóvel aconteceu no dia 29 de agosto de 2001, como parte das comemorações da semana do folclore. A abertura ao público, só ocorreu em junho do mesmo ano, quando o museu já estava instalado e suas exposições montadas sob a curadoria do museólogo e antropólogo Raul Lages. Desde então o museu vem se firmando como o porto da cultura popular alagoana, com instalações adequadas a receber as mais diversas exposições e um rico acervo do folclore do estado documentado por um dos mais sagazes e incansáveis estudiosos: mestre Théo Brandão.Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1167481785829370742006-12-30T04:28:00.000-08:002006-12-30T04:29:45.840-08:00uma geração versus a tecnologia<object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/pkPoFuncQy8"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/pkPoFuncQy8" type="application/x-shockwave-flash" width="600" height="350"></embed></object>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1166993217153632692006-12-24T12:45:00.000-08:002006-12-24T12:48:14.193-08:00Manifesta!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/1571/828/1600/512852/capeta.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/1571/828/320/550309/capeta.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"><br /></span> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; color: rgb(255, 255, 255);" align="center"><span style="font-size:130%;"><span style=";font-family:Arial;" ><span style="font-weight: bold;">MANIFESTA, CAPETA!</span><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; color: rgb(255, 255, 255);" align="center"><span style=";font-size:130%;" ><span style=""> </span><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Umbanda, Neopetencostal, Catolicismo, Psicanálise, Espiritismo</span><o:p style="color: rgb(204, 204, 204);"></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; color: rgb(255, 255, 255);" align="center"><span style=";font-size:14;" ><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-size:130%;" >Será que o diabo ainda provoca medo na sociedade contemporânea?</span><o:p></o:p></span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);" class="MsoNormal"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);" class="MsoNormal"><i style="">Jenifer Leão<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">Satanás, demônio, Lúcifer, diabo, belzebu, chifrudo, coisa-ruim, tinhoso, capeta, o cão, mefistófeles, sete-peles. A imaginação humana foi pródiga em criar denominações para o anjo caído. Desde o menino mais velho de <i style="">Vidas Secas</i> a Riobaldo de <i style="">Grande Sertão: Veredas</i>, o homem se questiona de onde provêem todo o mal que assola a sua existência. Será que o diabo ainda provoca medo na sociedade contemporânea? <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><span style=""> </span><span style=""> </span>Pelo menos, o cinema acha que sim. A “satanofobia” é um recurso exaustivamente usado pela milionária indústria do entretenimento que se apropria de lendas e temores humanos para posterior comercialização. Imersas em seu cotidiano de ações agendadas, as massas buscam a satisfação e o prazer através da exploração terrificante do sobrenatural. Contorções insólitas, voz gutural pronunciando línguas mortas, força descomunal, excreções fétidas. Assim são os relatos mais comuns de possessão demoníaca. Elementos pontualmente presentes nos sucessos de bilheteria: <i style="">O Exorcismo de Emily Rose e O Exorcista</i>. Este último, em especial, é considerado o filme mais aterrorizante de todos os tempos, mais uma prova da irresistível fascínio e horror que o tema satânico ainda provoca.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><span style=""> </span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">Umbanda <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><span style=""> </span>Na Umbanda, a figura de Exu vai ser construída num amálgama de suas funções no Candomblé e de sua percepção como demônio cristão. Sua identificação com o diabo, decorre do fato de que o culto africano era perseguido e reprimido nos primeiros anos de escravidão, Sua aparência e personalidade: chifres, fogo, luxúria desenfreada, encontram pontos de semelhança com a representação tradicional do diabo cristão. Matreiro e burlador, por ser o ente mais próximo dos homens é o que melhor os compreende, até em seus desejos vingativos, e é a ele que se roga o mal alheio. Além disso atende questões ligadas a luxúria, a problemas cotidianos, à magia negra, fatores que se assemelham às clássicas funções de satanás.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">Também sua posição em hierarquia inferior torna Exu um espírito mais acessível, sendo muitas vezes incorporado em sessões de possessão, na qual o contato com sobrenatural acontece através da incorporação de entidades espirituais, momentos em que o possuído é despojado de suas idiossincrasias e passa a agir sob sua influência. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">Igreja universal do reino de deus<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><span style=""> </span>A figura do capeta está ostensivamente presente na retórica da Igreja Universal do Reino de Deus. Localizada em diversos pontos da cidade, seus templos opulentos estão cheios de homens e mulheres que cantam em voz alta, mãos levantadas ao céu, animados por um pastor que grita palavras de ordem em tom autoritário e professoral. A Igreja Neopenntecostal se arroga o direito de ser os contadora de Deus, fazendo da fé um produto pago a prestações. “O dízimo é sagrado. Tudo que passa pela mão de vocês deve ser dizimado. O que não for dizimado o diabo tira” dizia o pastor. Os testemunhos são a face mais eloqüente da pregação. Ailton Joseilton da Silva, agora obreiro da Universal, explica que já chegou a mendigar, após perder o emprego, devido a uma macumba que sua sogra teria feito. Todo o dinheiro colhido era entregue à Igreja, o que frustrava imensamente sua mulher, “tentada pelo diabo!”, interrompeu o pastor. Após sete anos, ele consegue um emprego de padeiro, juntando dinheiro suficiente para montar o próprio negócio, e hoje possui quatro casas e onze terrenos. “Como Jesus, na cruz é necessário sacrificar. Você dá o que você não tem. A Universal não é igreja de rico não, é de pobre. Mas antes de tudo a fé. É preciso ter fé, e doar a igreja por amor a Deus.”<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><span style=""> </span>Não bastam as menções a figura diabólica, é preciso representá-la, torná-la viva, próxima e aterradora.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">Os endemoninhados. Terça-feira, 19 de dezembro, quarta sessão de descarrego. Nesse dia, ao invés do habitual terno e gravata, o pastor e os obreiros vestem branco, à maneira dos pais e mães de santo. A analogia não se limita a indumentária... O pastor ordena então que os fiéis coloquem às mãos sobre a cabeça e fechem os olhos. Todos obedecem, a não ser algumas crianças ainda inconscientes do espetáculo que será promovido <st1:personname productid="em instantes. Um" st="on">em instantes. Um</st1:personname> som de terror trash toca ao fundo. Os obreiros andam de um lado a outro do corredor. “Se manifesta, Exu, se manifesta Pomba-Gira!” brada energicamente o pastor, “Você que tomou o marido da outra!”,”Você que destruiu a vida daquele!”. Ele convida então as pessoas que estão passando por momentos difíceis a subirem no palco, logo, filas se formam no altar. Novamente ele pede que elas ponham as mãos sobre a cabeça e mantenham os olhos fechados, enquanto ele se reveza com outro pastor nos gritos e ordens para que os espíritos se manifestem. Os obreiros já seguram os cabelos de algumas pessoas e sussurram em seus ouvidos. Finalmente, gritos histéricos se ouvem, e uma mulher é levada a frente do altar. Uma voz rouca e quase indistinguível diz: “sou o bagaceira”. O espírito relata que se apossou do marido quando ele tentou apunhalar a mulher. Confessa também impedir que o filho dela deixe as drogas. Enquanto segura fortemente o cabelo da mulher, o pastor incita a multidão: “Queima Jesus, queima!”, todos gritam e gesticulam, como a jogar algo para trás: “Em nome de Jesus, sai, sai, sai!”. Exorcizada uma única mulher, apesar de outras terem também encenado a possessão, o espetáculo termina, todos aplaudem. O pastor pode então ofertar um conjunto de DVD e CD gospel.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">Os fiéis são, em sua maioria pessoas de baixa renda, desempregados e desiludidos amorosamente, em busca de uma igreja que reconheça os seus problemas cotidianos e que dê uma resposta satisfatória e urgente. É fácil entender a sedução que a Universal exerce num estado com profundas desigualdades e escassas possibilidades de ascensão social.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">“O diabo tenta, mas nunca acima de nossas forças”. A Igreja Católica não reconhece essas manifestações como possessão demoníaca e sim encenações de pura ignorância e fanatismo religioso. Padre Henrique Soares, demonologista, jamais presenciou em Maceió um caso real de possessão, caracterizando-o como muito raro “Nunca presenciei uma possessão em sentido estrito, agora a obsessão sim e a infestação. Obsessão é quando a pessoa é provada pelo diabo, fisicamente, então a gente faz uma oração de Libertação, já a infestação ocorre quando a gente sente que em um ambiente há forças malignas.” Para ele, as Igrejas Neopetencostais não têm qualquer discernimento no que se refere à possessão: “Está com dor de dente? Está possesso.(...) e isso faz qualquer psicólogo sério rir, porque vê que é sugestão é histeria.” A cautela é o tom da abordagem católica que, antes de designar um exorcista, exige uma bateria de exames científicos “Se pede a ajuda de um profissional, um psicólogo, um psiquiatra, para ver se o mesmo (caso) não tem um causa natural.”<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">As ciências da mente. A psicologia pontifica essas manifestações como originárias de crises pessoais: “são surtos psicóticos, crises histéricas, manifestações de um arquétipo, que o sujeito vai incorporar, trazendo a tona tudo que faz parte do imaginário social que o ser humano vem acumulando ao longo da história” esclareceu o psicólogo e professor universitário Ricardo Maia.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">A psicanálise, campo controverso de ciência e mito, foi a primeira a desmistificar as crises histéricas como fruto de uma repressão social e não como apoderação diabólica: “As mulheres tidas, na Idade Média, como bruxas ou possuídas pelo diabo, na verdade eram histéricas, que sofriam uma repressão muito grande da sociedade por sua condição de mulher, e que acabavam implodindo tudo isso, dando origem a todos aqueles sintomas estereotipados” afirmou Maia. Para ele, ainda, é muito comum, em lugares de forte tradição religiosa, haver indivíduos que por ouvirem durante toda a vida o discurso religioso, representam em nível inconsciente todos os infortúnios como manifestação satânica: “É um discurso que vem sendo inculcado na sociedade. Dentre os sistemas de representação coletiva, a religião como forma de conhecimento mais arcaico, mais antigo, sedimentou-se no repertório da humanidade, o que acaba repercutindo nos momentos de crise do ser humano, nas manifestações do inteiramente outro, do estranho, do inconsciente, de conteúdos que foram excluídos como também o próprio diabo que foi expulso do céu.”<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><span style=""> </span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);">Espiritismo. Ao contrário do que é ensinado nas aulas de catecismo, para o espiritismo kardecista nunca existiu Lúcifer, o anjo caído. Como num socialismo espiritual, Deus não teria criado tamanha desigualdade em níveis espirituais entre os seres, portanto não há a concepção de anjos e santos, nascidos belos e perfeitos, tão cara a Igreja Católica, explicou João Alves, presidente do centro espírita José Euzébio.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; color: rgb(255, 255, 255);"><span style=""> </span>A evolução espiritual por meio de sucessivas reencarnações é a base da doutrina espírita. Após a devida depuração e superação de si mesmo pode então o espírito se tornar pleno. Na vida pós-morte, o espírito passa a habitar uma outra dimensão paralela a dos viventes, embora seja ainda dotado da personalidade e índole anteriores. E é aí, que se manifesta o mal como conhecem os espíritas, na aparição do espírito de uma pessoa que matou, roubou, estuprou. Às vezes os espíritos vingativos buscam desequilibrar psicologicamente os indivíduos, chegando a provocar surtos e mesmo, o suicídio. Ou<span style=""> </span>podem vir à procura de ajuda numa sessão chamada de desobsessão, na qual os demais membros do centro espírita tentam se comunicar com o espírito que perturba o obcecado, procurando entendê-lo e ajudá-lo.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="color:black;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);"> </span><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Num país cristão, o demônio detém lugar certo no imaginário popular. Num país pobre, ele está em todos os lugares incertos, na miséria, na fome, nas doenças. Pior ainda, na ignorância de um povo, que não responsabiliza o homem individual por seus erros, atribuindo a culpa a entidades fora do controle humano. No país das desigualdades e indiferenças, o diabo é o presidente que, acompanhado de seu séqüito de demônios, estabelecem o inferno na terra, a cada guerra, a cada criança que morre sem cuidados, a cada salário de fome, a cada menino que o tráfico ganha, a cada omissão. Há o medo, mas não do verdadeiro mal.</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="color:black;"><span style=""> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="color:black;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;"><span style="color:black;"><span style=""> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="color:black;"><o:p> </o:p></span></p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1166358665077169582006-12-17T04:27:00.000-08:002006-12-17T04:31:05.090-08:00<p class="MsoNormal" style="text-align: center; font-weight: bold; font-family: trebuchet ms;"><blockquote><span style="font-size:130%;">James Bond Cassino Royale</span></blockquote></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>Logo após ser promovido a agente 00, Bond se mete numa enrascada ao explodir a embaixada ungandense matando vários guardas e diplomatas. Ele está em busca do núcleo financeiro de uma corja de terrorista: o banqueiro Le Chiffre. Nesse ínterim, é duramente repreendido por sua chefe, sendo acusado de precipitado e arrogante, características que moldam as ações do calouro agente. São lutas, tiros, explosões, glamour, luxo e amor. Amor? Sim, pois é <st1:personname productid="em Cassino Royale" st="on">em Cassino Royale</st1:PersonName> que James sofre a sua primeira paixão e traição, o que explica o caráter frívolo com que ele tratou as mulheres posteriores, usando-as como instrumento sexual e/ou de sobrevivência.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>O filme atende a todas as expectativas de um blockbuster típico e, apesar de se remeter as origens de Bond, é encenado na época atual. Possui a narrativa frenética dos últimos filmes, salvaguardando, claro, a evolução tecnológica, que está habilmente minimizadaa em um carro Aston, um telefone GPS e as mini-bombas terroristas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>Eva Green como a contadora se revela uma agradável surpresa e a candidata ideal ao grande amor de Bond. Sua atuação demonstra em dose certa um misto de espirituosidade e vulnerabilidade com pitadas de um mistério oculto detrás de seus olhos excessivamente maquiados.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>Daniel Craig, desenvolve com razoável competência seu papel; sua feiúra devidamente perdoada nas cenas em que saindo do mar, as gotas deslizam por seu corpo escultural –eufemismo. Fica então explicada a disposição física para as cenas de perseguição em andaimes, para as lutas nas escadas, no prédio afundando...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style=""> </span>De resto, o filme segue seu curso normal, normal quero dizer previsível, não mais que o esperado. Embora tenha quase três horas de duração, a direção de Martin Campbell foi muito competente em dopar-nos de adrenalina entremeada por raros diálogos.</p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1156818823598559822006-08-28T19:09:00.000-07:002006-08-28T19:36:27.160-07:00Cidadão Informado, Político VigiadoAcredito na representação popular.<br />Acredito no livre exercício da democracia.<br />Acredito nas liberdades individuais.<br />Acredito que exista gente honesta.<br />Acredito ser possível diluir a corrupção que assola as nossas instituições.<br /><br />Ingenuidade? Não, plano de ação.<br /><br />Acredito na <span style="font-weight: bold;">informação</span>.<br /><br /> Vale a pena dedicar alguns minutos de navegação entre as páginas de declaração de bens até as emendas viciadas dos homens que se refestelam no poder, tripudiam a moral, gozam de privilégios e gozam da nós.<br /> Homens que se aproveitam da opressiva desinformação da maioria do eleitorado. Situação que eles ajudam a perpetuar para que, em seus tronos podres de corrupção possam se eternizar.<br /> Aqui vai a lista de alguns sites que se propõe a melhor informar o e-leitor acerca dos candidatos a eleição atual.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">http://perfil.transparencia.org.br/</span> Perfis dos candidatos a deputado federal.<br /><span style="font-weight: bold;">http://www.deunojornal.org.br/busca.php</span> Busca de matérias referentes a políticos.<br /><span style="font-weight: bold;">http://www2.camara.gov.br/proposicoes</span> No portal da Câmara dos deputados pode-se acompanhar as emendas e projetos de lei dos atuais mandatários.Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1156776705265983482006-08-28T07:12:00.000-07:002006-08-28T07:51:45.300-07:00CONTRA-PROPAGANDA oferece:<br /><br />Blogs mais interessantes que o meu, retirados da lista dos mais famosos disponível na Revista Época de 31 de julho de 2006:<br /><br /><span style="font-weight: bold;">www.kibeloco.com.br </span>_Site de humor debochado contendo vários vídeos de qualidade duvidosa veiculados pelas grandes emissoras, e paródias com os candidatos à (re) eleição.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">http://www.interney.net/testes/</span>_ Testes psicológicos para saciar a irrefreável vaidade humana de se conhecer e se amar.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">www.pensarenlouquece.com</span> - "Textos bem escritos em estilo sarcástico, que versam sobre filmes, amor, vida digital e assuntos culturais." Possui vídeos atemporais com perspicazes obervações sobre cultura pop.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">www.blogdonoblat.com.br </span>_ Notícias atualizadas sobre a política nacional, especialmente as denúncias de corrupção. Contém entrevistas e especias. Essencial para acompanhar o funcionamento das instâncias de poder.Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1156220580983204912006-08-21T21:21:00.000-07:002006-08-21T21:23:00.996-07:00“Eu não me vendi, eu não me acovardei”<p class="MsoNormal" style="text-align: center; line-height: 150%;" align="center"><b style=""><span style="font-size: 18pt; line-height: 150%; font-family: Arial;">“Eu não me vendi, eu não me acovardei” <o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; line-height: 150%;" align="center"><b style=""><span style="font-size: 18pt; line-height: 150%; font-family: Arial;">afirma Heloísa em debate<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><i style=""><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><i style="">Jenifer Leão<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;"><b style=""><span style="font-size: 18pt; line-height: 150%; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;">Esse é o tônus da retórica da alagoana líder nas pesquisas de intenção de voto em Maceió. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>No debate entre os presidenciáveis ocorrido na manhã de ontem durante a 63ª Semana Oficial do Engenheiro Arquiteto e Agrônomo promovido pelo Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia (Confea) e Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia da Alagoas (Crea-AL), a senadora Heloísa Helena divertiu a platéia com expressões como “dinheiro ilícito nas roupas íntimas do vestuário masculino”, “bolsa-banqueiro” e “majestade barbuda”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>Inserido no tema “Pensar o Brasil Construir o Futuro<i style="">”</i>, os candidatos à presidência apresentaram suas propostas de forma amistosa, concordantes na crítica aos mesmos pontos na atual gestão, o que leva a crer que o debate teria sido muito mais acalorado e produtivo se presidente Lula estivesse presente para a discussão, conforme ressaltou o mediador-convidado Paulo Markum, jornalista do <i style="">Roda-Viva</i> da TV Cultura.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>O estímulo à formalização de 50% dos trabalhadores por meio da desburocratização no processo de abertura da pequena e média empresa, é prioridade na plataforma de Geraldo Alckmin. Enquanto que, a redução da jornada de trabalho é a saída apontada por Cristovam Buarque para a criação de novos empregos.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><i style=""><span style=""> </span></i>Buarque, coerente com o seu partido, defende todos os direitos trabalhistas, além da ampliação e universalização destes. Porém ressaltou a necessidade de acabar com privilégios de certas categorias. Segundo ele, com essas medidas será possível tirar a grande quantidade de trabalhadores que se encontram na informalidade "É possível negociar fazendo com que alguns dos privilégios sejam abolidos, trazendo os de fora para dentro. Muitos sindicatos já defendem isso", garantiu.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>Ao invés de cortes nos direitos trabalhistas, a senadora Heloísa, defendeu que para aumentar o número de postos de trabalho é necessário desonerar as empresas, diminuindo impostos e dessa forma barateando a contratação de mão de obra.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>A candidata Heloísa Helena defendeu a criação de um orçamento participativo, nos moldes como é feito hoje o planejamento estratégico, articulado com a sociedade, os movimentos sociais e os órgãos técnicos. A senadora atacou a política econômica do governo, chamando seus defensores de “discípulos de Goebbles”_ famoso publicitário de Hitler que dizia: “uma mentira muitas vezes repetida se torna uma verdade”. E é assim, segundo Heloísa, que vem sendo conduzida a economia do país em doze anos de neoliberalismo: baixo crescimento, altos juros beneficiando o capital internacional e o enorme fosso que caracteriza o desajuste fiscal “se paga 760 vezes mais em juros do que em saneamento básico” afirmou. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>Nas considerações finais, Cristovam Buarque relembrou os tempos de militante estudantil, e reafirmou “a subversão” que sempre o norteou nos 40 anos de carreira política, seu compromisso com a educação.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>José Jorge criticou a ausência do presidente Lula no debate, que, segundo ele, seria uma instância imprescindível da democracia. Heloísa, citando as palavras de Santo Agostinho, lembrou que a esperança tem duas filhas: a indignação perante as injustiças cometidas, e a coragem para combatê-las. Enfatizou a honestidade que sua mãe lhe ensinara, ressaltando a sua não rendição à corrupção, “eu não me vendi, eu não me acovardei” e concluiu pedindo a cada um presente mais dois votos de modo que pudesse “alcançar a majestade barbuda no segundo turno”.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>A 63ª SOEAA segue sua programação até o dia 24 de Agosto. Para o evento ainda estão marcadas visitas técnicas a diversos seguimentos comerciais de Maceió e também conferências com o filósofo Ariano Suassuna e o navegador Amyr Klink</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right: 0.9pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1156083547979703662006-08-20T07:03:00.000-07:002006-08-20T07:19:07.986-07:00Qué sé yo...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos1.blogger.com/blogger/1571/828/1600/DSCN0468%20.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://photos1.blogger.com/blogger/1571/828/320/DSCN0468%20.jpg" alt="" border="0" /></a>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33053222.post-1156081490089290352006-08-20T06:43:00.000-07:002006-08-20T06:44:50.103-07:00Imagens dos Cinco Continentes em Garça Torta<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;">Foi inaugurada ontem a exposição “Andanças” do engenheiro de transportes e fotógrafo amador Josué Tanaka. A série de fotos está disposta na parede de três aposentos na Casa da Arte localizada <st1:personname productid="em Gara Torta. As" st="on"><st1:personname productid="em Gara Torta." st="on">em Garça Torta.</st1:PersonName> As</st1:PersonName> fotos foram realizadas em Paris, Filipinas, Bulgária, Rio de Janeiro, Inglaterra Suíça, Japão, Rússia, Nova Iorque, Cidade do México em viagens ou a trabalho pelo Banco Europeu.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>Josué é formado em engenharia com doutorado em finanças de transportes urbanos pelo Instituto de Tecnologias de Massachusetts (MIT). Trabalha atualmente no programa de redução do efeito estufa patrocinado pelo Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, com sede em Londres e atuação na Europa Oriental. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span>Andanças é a 3ª exposição trazida a Maceió. Josué tem passagens pelas galerias de arte da Ufal e da estação ferroviária com as mostras “Sarajevo Bombardeada” e “Ferrugem na Cortina de Ferro”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;">Incentivado pelo pai - um pintor também apaixonado por fotografia - que não só lhe deu a primeira máquina fotográfica como também educou sua percepção visual. A partir daí desenvolveu um gosto pessoal, sempre levando em passeios sua câmera, <span style=""> </span>num<span style=""> </span>constante desafio a si mesmo. “Para mim a câmera serve para estimular o olhar, quando você está passeando, não é apenas um passeio. Com olhar fotográfico, você percebe detalhes.” O instante decisivo, proposto por Cartier Bresson, está presente em algumas fotografias, tiradas numa mistura de acaso, noção de tempo e visão acurada. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span><span style=""> </span><span style=""> </span>“O tempo é areia entre os dedos.” Preocupado com a passagem do tempo e a perpetuação das realizações humanas, Josué fotografa compulsivamente. “A fotografia é um jeito de guardar a memória da minha própria existência.” Essa é a causa e tema de sua obra, pois ao tentar capturar o cotidiano dos povos que conheceu, também eles imersos na corrida do tempo, ele estabelece a sua individualidade no turbilhão da existência humana.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;">Com curadoria de Celso Brandão, professor de fotografia do curso de comunicação, apoio da Ufal e da Casa da Arte a mostra está disponível a visitação até o dia 20 de setembro.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></p>Jenifer Leãohttp://www.blogger.com/profile/01895557170370137001noreply@blogger.com0